The Magisterial Mission

A Encarnação de Monjóronson – O Primeiro Filho Magisterial de Urântia

Nossa Terra, chamada de Urântia pelo Universo, não tem memória de outros Filhos encarnados antes da auto-outorga de Jesus, há dois mil anos.
Foi Jesus quem atraiu, então, as multidões para fazê-las ouvirem seu chamado a conhecerem ao Pai, e agora vem seu irmão, Monjóronson, para os olhos humanos verem e com uma voz audível, para mais uma vez chamar o povo ao seu Pai. Jesus e Monjóronson nos chamam de volta às nossas raízes espirituais, aos nossos propósitos originais como criaturas vivas do Pai-Criador, e nesse aspecto suas missões são as mesmas. Entretanto, o tempo modifica o homem e portanto o tempo modifica também as missões divinas. Jesus representa um recente passo no passado, em direção aos nossos destinos planetários e humanos, enquanto Monjóronson traz consigo os mais novos planos em direção a alguns dos mesmos objetivos, reformulados para a era moderna. Auto-outorga, encarnações, missões magisteriais e outras são os processos que Deus utiliza para fazer contato direto com as pessoas que deram sinais de que estavam preparadas para uma mudança.

Jesus e a Missão Magisterial

Há dois mil anos o Filho Criador se encarnou em nosso planeta como o Homem de Nazaré, Josué Ben José, que viveu a vida do homem médio de seu tempo. O Filho Criador, como o Jesus encarnado, desejava aprender e conhecer, na verdade experimentar a vida emocional, intelectual e espiritual como era então vivida em Urântia. Sua vida terrestre foi como filho do homem, seguida pela segunda fase como o Filho de Deus, ensinando e revelando o homem a Deus e Deus ao homem, como nunca antes havia sido feito.

Hoje, cerca de dois mil anos depois, Jesus pediu ao seu Irmão espiritual que se encarnasse para retomar o trabalho onde ele, Jesus, o deixou. Jesus disse que em sua obra, quem viu um Filho Criador terá visto ao Pai. Quando um Filho Magisterial se encarna, quem vir um Filho Magisterial terá visto ao Filho Eterno. Jesus era e é um Filho Criador com plena soberania sobre seu Universo, do qual somos parte, enquanto que um Filho Magisterial trabalha sob sua direção, não tanto para atingir o conhecimento de como é o homem – isso ele faz -, mas para adjudicar a Terra e re-comissionar o pessoal espiritual que trabalha num planeta para suas novas tarefas, que se alteram com a mudança de dispensação (era de elevação de almas adormecidas).

Antes de deixar nosso planeta Jesus pediu a Gabriel, seu executivo-chefe, que chamasse ampla dispensação planetária para levar os sobreviventes adormecidos aos salões da justiça. Monjóronson começará sua missão em Urântia chamando outra dispensação, mas desta vez ele não apenas chama para casa os sobreviventes adormecidos de uma idade, mas chama à justiça toda Urântia, o próprio planeta e os vivos.

Jesus ressuscitou o planeta da escuridão da rebelião, e agora Monjóronson o limpará do mal feito por tantos anos. Há diferentes ações, cada uma adotada em seu tempo de necessidade.

A adjudicação de Urântia por Monjóronson não será como um castigo divino, mas com perdão e clemência para todos. Sua missão é de divina misericórdia se derramando sobre o planeta, para trazer correção para todas as nossas intituições sociais e culturais que colidiram com o plano divino em decorrência da rebelião. Igualmente, sua missão é para cada pessoa capaz de responder ao chamado do Filho, a quem será pedido que mostre clemência e perdão ao seu irmão, por qualquer causa. Quando o homem sinceramente entra em comunhão com o Pai e o Filho para perdoar assim como ele é perdoado, tem início uma nova fase da vida, livre das vicissitudes da raiva e do julgamento. Assim é o espírito da nova era vindoura.

A relação de Monjóronson com a Segunda Vinda

O Filho Criador retornará, como Jesus reafirmou. Esta é uma promessa singular, completamente diferente das idas e vindas de outras ações divinas em favor de nosso planeta. Como Micael de Nébadon, o Filho Criador do Pai, Jesus sempre olha o planeta de sua auto-outorga com o mais vivo interesse e nunca pára de agir para proporcionar a este mundo tudo que ele pode assimilar em seu benefício. O Filho Criador cuidou que nossa esfera e seu povo recebessem nova revelação e novos ensinamentos, com tanta informação quanto ele pode, com sabedoria, ministrar.

A revelação dele continua a fluir para nós através de vários meios divinos e humanos, como o “Livro de Urântia” e os meios de sua ativação por vários programas modernos que incluem a Missão Instrutora. Foi por meio da Missão Instrutora que Micael de Nébadon, o outrora encarnado Jesus, falou daqueles últimos momentos sombrios em que deixava sua vida mortal, com essas palavras para um grupo de Sarasota, Flórida, em 5 de abril de 1992:

“Desejo apagar aquele momento do tempo, para vê-lo substituído pela alegria inexplicável que está sempre no Plano do Pai. Vocês não mais devem derramar qualquer lágrima sobre o evento de dois mil anos atrás. Ele está terminado Está feito. Minha volta é para aliviar os corações dos homens do peso que eles têm sentido devido ao livre-arbítrio dos homens daqueles dias. Jamais foi um plano de meu Pai ver tal sofrimento ocorrer para mim ou para o seu povo. É um peso que foi carregado por tempo suficiente.

“Com grande alegria eu retorno, não mais para qualquer um em Urântia ou em nosso Universo … desejo que a crucifixão não mais seja popularizada com as memórias de tal pesar. Eu o deixei passar. Vocês também o deixarão passar (aqui a voz do transmissor revela muito sentimento e se torna muito suave).

“Todos vocês deixarão isso passar. Juntos reinaremos em Luz e Vida. Digo nós reinaremos porque é para os corações dos homens e mulheres que o Próprio Pai falará e será, para sempre. A tristeza que envolveu a vida de Urântia não mais será conhecida. Vocês experimentarão a alegria inexplicável com os eventos atuais e não mais perderão qualquer tempo ou energia com os dias passados. Obrigado.”

Em muitos sentidos Jesus nunca nos deixou, pois o espírito do Filho Criador continua a abraçar a todos e cada um de nós. Mas Jesus também falou literalmente de sua segunda vinda, e embora seja sem precedentes um Filho Criador fazer isso, assim será feito de acordo com seus mandatos para Monjóronson, no sentido de que ele estará comissionado em um mundo preparado para o aparecimento de Jesus a qualquer dia, a qualquer momento.

O Reconhecimento de Monjóronson e a Voz do Pai

A maioria dos indivíduos se preocupará em reconhecer o Filho Magisterial. Como verificar a presença de um Filho divino e afirmar ao seu próprio centro espiritual que de fato Ele, à nossa frente, é Monjóronson, um filho do Paraíso?

A explicação em palavras parece complexa, mas existem apenas algumas maneiras para um humano saber a verdade de qualquer representação de um fato a ser experimentado. Jesus, como Filho Criador, preparou a mente humana para melhor reconhecer e saber a verdade, por meio do aparelhamento da mente com seu Espírito da Verdade. O intelecto humano é auxiliado por esse impulso espiritual para alinhar os fatos com o conhecimento espiritual da presença do Pai em cada mente normal sobre a Terra.

Poucos estão cientes de como podem conhecer a verdade de uma certeza pelo processo de alinhamento da vontade humana (o poder de escolher para o ego), com a existente vontade e conhecimento do Pai onividente. A mente do homem recebe o espírito do Pai em algum momento, em média entre as idades de cinco e seis anos, e é tal presença espiritual vivente no circuito da mente humana que leva à verificação da verdade, pelo saber a ser transferido para os centros de decisão da mente.

Quando na Terra, Jesus foi habitado pelo espírito do Pai, conhecido nos tempos modernos como Ajustador do Pensamento. Cada pessoa tem o seu Ajustador do Pensamento, que mantém guarda na entrada para afirmar a validade da experiência consciente e proteger a mente de abusos, se autorizado a fazer o seu trabalho. O Ajustador do Pensamento é a voz do Pai no tempo, e ele pode falar tão claramente à mente quanto se pode ouvir uma voz falando no outro extremo de uma conversação por telefone. Jesus ouviu essa voz do Pai para ele e habitualmente ia ao Ajustador residente para pedir conselho e companhia durante a provação daqueles dias na Palestina.

Todos os Filhos de Deus que se encarnam em um planeta humano recebem o dom do Ajustador do Pensamento. Monjóronson recebe o Ajustador do Pai no momento em que toca a terra com os pés de barro do homem. Assim o Pai está presente no Doador, assim como no Recebedor, de Deus para homem, respectivamente, para dar conselho e opinião para ambos. Monjóronson confia até certo ponto na habilidade do homem em ouvir seu próprio Ajustador do Pensamento, para traduzir sua boa-vontade para a linguagem do entendimento, junto a cada pessoa viva agora e no futuro.

Embora cada Ajustador do Pensamento compartilhe a natureza do Pai e sejam todos uniformes em muitos outros aspectos, sua experiência com o homem e com Deus lhes permite diferenciar seu comportamento de acordo com seu mandato de espiritualizar a mente do homem pelo serviço. Cada pessoa pode então, nesse sentido, oferecer seu serviço a Jesus e Monjóronson com a segurança de que Deus se beneficiará do trabalho oferecido voluntariamente, quando a divina vontade do Ajustador do Pensamento e a vontade humana são uma só em sua sinceridade para servir. Em cada uma e todas ações em Urântia, o Pai está lá, seja pelos olhos do Filho divino, seja pela decisão e escolha dos filhos criaturas da fé, os homens e mulheres de Urântia habitados pelo Pai.

O reconhecimento de Monjóronson vem da sintonia da mente do homem com a mente de Deus no Ajustador, e com o Espírito da Verdade que atesta tal conhecimento como seguro, e para a eventual confiança de Monjóronson por meio do contato pessoal e observação de seus trabalhos. Nenhuma autoridade na Terra, fora a própria crítica interna e o reconhecimento espiritual da verdade de Monjóronson, pode assegurar ao indivíduo que Ele é um Filho de Deus. Sobre essa base sólida da presença do Pai em tudo se constrói a missão dos Filhos divinos, para terem êxito em sua intenção de levar-nos todos ao caminho das idades de ouro de um renascimento social e espiritual.

Possíveis Repercussões da Missão Magisterial

Nós precisaríamos de uma visão de passado no futuro – como estarão as coisas depois que Monjóronson terminar sua missão – para escrever uma história válida dessa era. Obviamente isso não é possível, portanto é necessário que relatemos o que provavelmente acontecerá em certas áreas da atividade humana, com a ressalva de que estamos hipotetizando sobre parte dos resultados dessa missão.

A Missão Magisterial, tal como ocorreu com a missão de Jesus, requer a presença de uma Humanidade cooperante para melhorar o mundo. A Missão Magisterial é não só dependente do Pai, para ser entendida através de Sua residência interna junto ao homem, mas a própria missão requer um homem receptivo a ser espiritualmente elevado e o desejo de justiça para todos aliviará o peso injusto de um sistema social e político imperfeito. Estas são metas reais a serem procuradas por Monjóronson, com o auxílio do homem.

As esferas que abrigam a vida de humanidades são todas evolucionárias por natureza. Nada estaria no lugar em que está, a não ser que um passo prévio houvesse sido dado para que a situação presente se tornasse uma norma. Monjóronson não tem uma vara mágica para usar e fazer tudo novo, e deve trabalhar dentro da moldura existente em que a natureza e o homem evoluíram. A revelação pode sugerir o que dá melhor resultado, mas a não ser que o próprio homem deseje adotar os melhores caminhos, nem Deus forçará a mudança antes que chegue o seu momento evolucionário. Uma Missão Magisterial pode modificar os programas feitos para realização na nova era, recomissionar o pessoal espiritual, julgar os adormecidos e os vivos, demonstrar os valores do espírito e abrir centros de educação, mas essas não serão realizações duradouras, a não ser que o homem passe a desejá-las, adotá-las e vivê-las.

Quando Jesus deixou o mundo, sua obra se espalhou pela bacia do Mediterrâneo e eventualmente pelo resto do mundo. Seus ensinamentos encontraram mentes receptivas em quase toda parte e surgiram religiões para preservar o que elas achavam que ele queria dizer ao ensinar. Monjóronson deverá fazer o mesmo. Ele deve achar as mentes receptivas do mundo e então ensinar o ideal de Jesus, assim como os valores espirituais ainda não abraçados pela mente e vontade da Humanidade. Jesus ministrou seus ensinamentos com os doze apóstolos a cidades específicas da Judéia e além. Monjóronson tem o benefício do progresso humano nas comunicações que se desenvolveram depois dos dias de Jesus, e ele as utilizará de acordo com a sua necessidade de ser conhecido.

Monjóronson organiza sua missão de forma a obter o maior impacto com o menor número de personalidades divinas necessárias, e deixará em mãos do homem o grosso do trabalho a ser conhecido por sites eletrônicos como o que você lê agora, e outros meios. O mundo será dividido em centros administrativos, com um Filho divino chefiando cada um e administrando somente aquela área. A capital ou o quartel-general do mundo estará onde ele viver, enquando fizer rodízio entre os diversos setores administrativos. A organização do governo espiritual poderá sugerir ao homem, no futuro, que a soberania de um governo nacional não está investida em um grupo étnico ou cultural, mas no governo espiritual do Pai Universal primeiro, e segundo no mundo, através de uma coleção de estados dedicados ao bem-estar de todos.

A Missão Magisterial terminará, talvez em mil anos, com um panorama pouco familiar aos presentes arranjos de estados-nações poderosos e soberanos em competição pelos recursos e pelo espaço. Cada um pode imaginar como será o futuro, mas a Missão específica está destinada a modificar tanto as atitudes humanas, que a competição evoluirá, não para a auto-afirmação, mas para o conhecimento espiritual e para progressos sociais além da medida do que agora podemos imaginar. O objetivo da Missão é levar Urântia até os primeiros estágios do que o Universo chama de “Luz e Vida”, em que o homem evoluiu sob a guia da Missão Magisterial para perseguir os valores espirituais e conquistar suas necessidades materiais com facilidade. Então, na próxima fase que se seguirá, essa Missão Magisterial se desdobrará para outra geração, tão surpresa com o que acontece a ela quanto estamos hoje com o que a missão de Monjóronson promete.


FIM

Traduzido por Frederico Abbott Galvão. Brasília, 16 de julho de 2004.